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Evangelizando com a vida

Por: Evandro Fernandes

Há algo que me chama a atenção em nossos dias. O contraste da necessidade da evangelização e a forma como isso tem sido realizado por aqueles que se dizem cristãos, seguidores do SENHOR.

A bíblia nos contempla com inúmeros exemplos e situações que convergem e se assemelham aos nossos dias, às nossas experiências e ao nosso convívio, mas para alguns, ao que parece, os exemplos estão distantes e dificilmente poderiam ser repetidos atualmente.

Vejam que o significado da palavra “Evangelho”, boas novas, boa mensagem ou boa notícia, implica que devemos levar algo de bom, e tenho que algo bom é aquilo que, embora fique repetido, tenha ou traga algo benéfico para as nossas vidas. Doutro modo como falar-se-ia em algo bom.

Algumas pessoas tremem quando ouvem falar em evangelização e se esquecem que são verdadeiras cartas vivas do evangelho que vivem, se é que o vivem. Contudo, e como Agostinho dizia, devemos pregar o evangelho em todo o tempo e se preciso for com palavras, atentemo-nos para exemplos que nos mostram como uma vida de santidade, sinceridade e reverência com o Senhor produz resultados memoráveis.

Em At. 3. 1-10, quando Pedro e João subiam para o templo para o segundo período de oração do dia e se depararam com um coxo de nascença, que era posto ali diariamente para esmolar. A palavra diz que Pedro fitando-o disse “não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda. (at. 3.6). Pedro demonstra que levava algo importante na sua tarefa de evangelizar, levava a Jesus Cristo.

Quantas pessoas pensando que podem, ou são capazes de alguma realização por suas meras habilidades e Pedro nos ensinando que a realização é do Senhor. Leve ao Senhor, anuncie-o de forma simples e direta, com sua vida primeiramente, sem firulas, enfeites ou adereços que tirem a glória do Senhor. É ele quem deve ser glorificado e a nossa vida deve refletir essa certeza, a certeza de que, como diz o hino, há poder no sangue de Jesus, e só.

Então quando pensar em que levarei, faça como Pedro, leve a Jesus Cristo. Não estou dizendo pra ninguém imaginar que sairá realizando milagres, mas, antes pra que tenham a certeza de que o Senhor os acompanha e os guarda.

E a paz do senhor que excede a todo entendimento, guardará o vosso coração. Isso não implica numa paz tacanha ou tímida, antes, em paz que descansa e está assentada na certeza do agir divino.

Num outro exemplo aprendemos para onde devemos olhar. Para o Senhor!

2 reis, 5.3 surge com uma preciosidade quando penso no aspecto do testemunho pessoal. Ali está descrito a participação de uma menina cuja identidade não é revelada agiu num momento em que seu senhor aparentava desespero e decepção por não conseguir curar-se de sua lepra.

Aquela menina que havia sido trazida cativa e servia como escrava na casa de Naamã, de forma convicta afirma que se seu senhor estivesse diante do profeta do Senhor em samaria, ele o restauraria aquela lepra. É interessante observar que não pairou no coração daquela menina algum aspecto de vingança e de ira por estar ali como escrava.

Havia ali a certeza de onde estava o norte de direção e para onde se deveria olhar. As vezes as pessoas que estão preocupadas em apontar para o senhor, antes aproveitam algumas oportunidades de evangelizar para tripudiar, estender aquela bandeira que diz “eu já sabia” sem se importar com as consequências de seus atos e suas ações no processo de exposição do evangelho.

Não importa a identidade porque a obra é do Senhor. O Senhor foi anunciado naquele contexto e certamente aquilo gerou impacto não apenas na vida de Naamã mas, pelo menos, na vida das pessoas que estavam a sua volta.

Isso porque alguém decidiu olhar e apontar para o Senhor, não para o que pode ter dado causa, mas para onde estava a solução. A solução para muitas mazelas, e para muitas pessoas, é olhar para o Senhor, mas aqui cabe uma questão; será que temos sido eficientes em apontar essa direção?

A soberba, a arrogância, a pretensão o desprezo pelos outros, o menosprezo podem atrapalhar, e faltamente atrapalharão. E a bíblia mais uma vez dá show porque enquanto o mundo no distingue por aquilo que temos ou parecemos, a bíblia nos iguala por aquilo que somos, pecadores, Rm 3.23.

Então a tarefa é simples. Viva o evangelho e permita que o evangelho se dissipe através de sua vida. Há muitas pessoas que entraram no evangelho mas ainda não permitiram que o evangelho entrasse em suas vidas.

Por fim, Rm 16.10 nos revela, tenho isso pra mim, uma verdadeira jóia do testemunho cristão, Apeles, aprovado em cristo. Vale dizer que este nome só aparece aqui nas escrituras, isso mesmo, apenas uma vez. Que bela referência não! Uma pessoa aprovada em Cristo.

Isso reflete alguém que soube marcar seu tempo e seu contexto de forma magistral e centrada no senhor Jesus. De que forma você está marcando seu tempo e seu contexto, qual é a referência que você está deixando em sua trajetória querido?

A aprovação em Cristo indica uma vida de santidade, marcada pelo compromisso e pela reverência a palavra de Deus. Então, de que forma mesmo você marca seu contexto?

Alguém poderia hoje olhar pra sua vida e notar alguma boa nova, algo que demonstrasse e que apontasse para o Senhor? Que cada um possa levar sempre e em todos os momentos a Cruz de Cristo, apontar para o senhor e ser uma testemunha viva marcada pelo Senhor Jesus, uma marca visível e não escondida, de modo que possa ser um referencial do Senhor Jesus na terra.

Deus te abençoe.

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