Por: Natacha Dominato “Se eu tivesse o dom de falar em outras línguas sem tê-las aprendido, e se pudesse falar em qualquer idioma dos homens e dos anjos, e no entanto, não tivesse amor, eu seria como o sino que ressoa ou um prato que só estaria fazendo barulho”. I Coríntios 13.1
A necessidade do amor
O amor tratado no Novo Testamento não é uma simples continuação do Velho Testamento.
O amor ganhou uma nova definição em torno de Jesus Cristo.
Paulo usa a palavra grega agape para definir o significado do amor.
Agape é a palavra mais usada no Novo Testamento para traduzir o amor.
Há várias outras palavras no mundo grego que podem traduzir o amor, porém todas elas tinham um sentido específico e agape não era uma palavra muito utilizada, por isso, foi usada para dar o significado cristão a palavra amor.
Versículos 1 a 3
Sem amor, a maior manifestação do dom ou o maior sacrifício não tem nenhum valor. O dom só é bem utilizado e administrado se houver amor.
Versículos 4 a 7
- O amor é sofredor: tem paciência com pessoas imperfeitas.
- O amor é benigno: faz o bem.
- O amor não é invejoso: não é possessivo, não é competitivo, quer que as outras pessoas continuem.
- Não trata com leviandade: o amor é discreto, não é espetaculoso ou teatral.
- O amor não se ensoberbece: não é arrogante.
- O amor não se porta com indecência: demonstra cortesia.
- O amor não busca seus interesses: não exige preferência, é altruísta, procura sempre o bem do outro.
- O amor não se irrita: não é rude ou hostil, mas é amável sob pressão.
- O amor não suspeita mal: não guarda ressentimentos mas os apaga.
- O amor não folga com a injustiça: encontra satisfação nos defeitos alheios.
- O amor folga com a verdade: proclama o bem.
- O amor tudo sofre: defende e suporta a outra pessoa.
- O amor tudo crê: sempre acredita no melhor das pessoas e não desconfia.
- O amor tudo espera: nunca abandona.
- O amor tudo suporta: persevera e mantém-se fiel até o fim.
Versículos 8 a 13
Os dons, por sua vez, são:
- parciais e incompletos (vers.9)
- temporais e finitos ( vers.10 e 11)
- conhecimentos imperfeitos (vers. 12)
Versículo 10
O que é perfeito: faz referência a volta de Jesus.
Versículo 12
Paulo faz analogia a espelhos, pois Corinto era uma cidade famosa por sua produção de espelhos. Eles eram feitos de metal porém, seus reflexos eram confusos. O que quer dizer o nosso conhecimento imperfeito durante a nossa vida terrena. Os dons espirituais são bons e necessários para a época em que vivemos, entretanto o amor cristão é eterno. Paulo queria que os coríntios, se voltassem para a grandeza do Eterno ao invés de estarem preocupados com a vida na terra.
Versículo 13
Fé: ela é a confiança na obra salvadora de Deus. Só os que confiam estarão na presença de Deus.
Esperança: é a fé perseverante e mantém a confiança em Deus.
Amor: é a natureza de Deus, é eterno como o Pai. É a maior de todas as virtudes porque ela expressa a pessoa de Deus.
O uso dos dons espirituais
Capítulo 14
Paulo explica como deve ser exercido o dom de línguas e o de profecia, comparando seus benefícios públicos e privados, regras de como o culto deveria ser celebrado e ainda dá exortações finais.
O dom de profecia deve ser desejado por todos os crentes, porque é o meio de comunicação da mensagem espiritual e ajuda os crentes a se desenvolverem espiritualmente.
A edificação da comunidade inteira é mais desejável e benéfica.
Enquanto que o dom de línguas edifica apenas aquele que as fala.
Champlin afirma “ contudo, se não houver intérprete, as línguas não devem ser usadas em público na igreja, mas tão-somente como meio particular de desenvolvimento, de louvor secreto a Deus”.
Versículos 6 a 13
Paulo diz que é melhor utilizar o dom de profecia do que o dom de línguas em público, porque a meta é que o ouvinte compreenda. Se forem utilizadas línguas na igreja, devem ser interpretadas. Se não houver interprete deve-se calar a língua.
Versículos 16 e 17
A edificação do outro é sempre a diretriz do uso do dom de línguas.
Versículos 18 e 19
Os crentes de Coríntios justificam a ênfase no dom de línguas pelo fato de Paulo também falar em línguas. Ele por sua vez não nega esse fato, porém põe o seu dom sob um perspectiva correta e salienta que é muito melhor edificar e instruir os outros do que a si próprio.
Versículos 20 a 25
Neste ponto o apóstolo vai falar que esse exibicionismo causado pelo dom de línguas era demonstração de imaturidade espiritual. Salienta que se algum não crente chegasse e ouvisse o evangelho ele seria repelido e a faltam de interpretação para os incrédulos significa sinal de julgamento. E a função dos crentes de Coríntios era a de levar os incrédulos ao arrependimento.
Versículos 29 a 33
Paulo fala sobre a adoração pública. Apesar de ter salientado o dom de profecia, o apóstolo agora fala que esse dom também deve ser usado com ordem. Os coríntios não se preocupavam muito com os outros crentes ou com o conteúdo de suas mensagens.
Versículos 34 e 35
Há grande discussão a respeito desses dois versículos. Porém, a interpretação mais comum é que Paulo não estava proibindo as mulheres de manifestarem-se no culto. Ele proíbe a discussão indisciplinada que perturbava o culto.
Versículos 39 e 40
Paulo não queria a interrupção dos dons espirituais, apenas forneceu diretrizes para que houvesse ordem no culto.
A Ressurreição de Jesus
Capítulo 15
Versículo 8
Paulo demonstra sua indignidade por ter sido perseguidor da igreja de Cristo.
Versículo 10
A graça de Deus não fez de Paulo um preguiçoso, mas o fez trabalhar mais e mais pelo Reino.
Versículo 12 a 19
Paulo agora trata sobre o problema da ressureição, porque alguns coríntios questionavam a doutrina da ressureição, eles tinham um entendimento antibíblico do corpo humano. O apóstolo mostra que não há como separar a ressureição de Cristo daqueles que são dele. Se os que são de Cristo não serão ressuscitados, a ressureição de Jesus é uma mentira.
Versículos 21 e 22
A ressureição não é uma idéia filosófica. Jesus Cristo foi o único que agiu em benefício de toda a raça humana.
Versículos 24 a 28
Os crentes de Coríntios precisam entender que a ressureição não foi um evento isolado e com repercussões limitadas. É um acontecimento interligado e máximo no governo de Deus sobre a história.
Versículos 30 a 32
Paulo afirma que todos os dias enfrentava o perigo, as dificuldades e o martírio para poder pregar o evangelho e o que o motivava a continuar era a certeza da ressureição.
Versículo 33 e 34
“Paulo cita um escritor ateniense do séc. III a.C, Menander, para mostrar que a nossa vida é influenciada pelo que cremos e com quem nos associamos.” Fonte: Bíblia de Estudo Plenitude.
Versículos 36 a 41
A semente deve passar pelo processo de morte para que uma nova vida nasça, nosso corpo físico atual pode conter a ressureição do corpo que há de nascer.
Versículos 42 a 44
O corpo ressurreto será belo, e não sujeito a morte. Um corpo espiritual não quer dizer imaterial mas, adaptado às realidades do Tempo Vindouro.
Versículos 45 a 49
Nosso corpo ressuscitado será como o de Cristo.
Versículos 51 e 52
Deus revelou a Paulo que os mortos seriam ressuscitados por transformação instantânea e ante a última trombeta.
Versículos 56 e 57
A ressureição de Jesus traz a vitória sobre o pecado, a lei e a morte.
Versículo 58
Em face dos falsos profetas e de várias tentações, Paulo fala que a ressureição de Cristo deveria encorajar os crentes de Corinto a perseverarem na sua fé.
Ajuda aos necessitados
Capítulo 16
Versículos 10 e 11
Paulo já havia enviado Timóteo a Corinto.
Versículo 12
Apolo não queria voltar a Corinto talvez porque a sua presença lá fortalecesse as dissensões do grupo que o faziam parecer um rival de Paulo.
Versículos 13 e 14
A situação de Corinto poderia devastar sem cautela, coragem e amor.
Versículos 15 e 16
Estéfanas e sua família estavam entre os primeiros convertidos da Grécia e entre os poucos batizados por Paulo. Eles mereciam lealdade e obediência da igreja.
Versículo 19
Áquila e Priscila eram um casal que acompanharam Paulo a Éfeso e que instruíram Apolo. Por onde passaram sempre fizeram de sua casa um ponto de encontro para os irmãos.
Versículo 20
O ósculo santo era uma forma de cumprimentar com afeição estimulado pelo Espírito de Cristo.
Versículo 22
Maranata traduz uma frase aramaica, que significa “Nosso Senhor Vem” ou “Nosso Senhor Chegou”. O desejo para expressar o desejo pela volta imediata de Cristo.
Versículos 23 e 24
Paulo fala sobre sua afeição pelos coríntios mesmo eles tendo causado problemas por sua imaturidade espiritual.
Fontes: Biblia de Estudo Plenitude, Biblia de Estudo de Genebra, Comentários Bíblicos Russel Champlin e a Bíblia da Mulher.