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Geração Eleita

Por: Pr. Messias Santos

1º Mensagem proferida no 4º Retiro da Unicentes PIBPP

Não creio que muitos de nós possamos dizer com espontaneidade que conhecemos a Deus. Essas palavras implicam uma experiência definitiva e verdadeira, à qual, se formos sinceros, temos de admitir que somos ainda estranhos. Afirmamos isso talvez para dar testemunho e poder contar a história de nossa conversão como o melhor deles: dizemos que conhecemos a Deus — isto, afinal de contas, é o que se espera que os evangélicos digam. No entanto, será que nos ocorreria dizer, sem hesitação, e em referência a acontecimentos particulares de nossa história pessoal, que realmente conhecemos a Deus? Duvido, pois suspeito de que para a maioria de nós a experiência de Deus jamais foi assim tão vivida.

Penso que muitos de nós nem poderíamos dizer com naturalidade que as decepções do passado e as tristezas do presente, como as vê o mundo, são irrelevantes quando comparadas ao conhecimento de Deus que viemos a alcançar. A realidade, porém, é que para muitos de nós elas têm significado real, são nossas "cruzes" (como as chamamos). Ficamos constantemente entristecidos, amargurados e apáticos quando nos lembramos delas, o que fazemos com freqüência. A atitude que mostramos ao mundo é um tipo de estoicismo frio, a quilômetros de distância da alegria "indizível e gloriosa" que Pedro confiava estarem sentindo todos seus leitores (lPe 1:8). "Pobres almas", nossos amigos dizem a nosso respeito, "como têm sofrido" — e é justamente isso o que sentimos!

Essa tendência para fazer o papel de mártir, porém, não tem lugar na mente de quem conhece a Deus de fato. Eles nunca se preocupam com o que poderia ter sido; nunca pensam nas coisas que perderam, apenas nos ganhos. "Mas o que para mim era lucro, passei a considerar como perda, por causa de Cristo", escreveu Paulo.

"Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nele [...] Quero conhecer Cristo [...]" (Fp 3:7-10).

Quando Paulo diz que considera "esterco" tudo o que perdeu, não só afirma que não dá nenhum valor a essas coisas, mas que tampouco permanecem constantemente em seus pensamentos. Que pessoa normal passa seu tempo sonhando nostalgicamente com esterco? Entretanto, é o que na realidade muitos de nós fazemos, e isso mostra como temos pouco conhecimento de Deus.

Conhecimento retórico versus conhecimento real

É necessário fazer uma auto-análise sincera neste ponto. Somos, talvez, evangélicos ortodoxos. Podemos explicar o evangelho com clareza e podemos sentir o cheiro de doutrina falsa a quilômetros de distância. Se alguém nos perguntar como os homens podem conhecer a Deus, de imediato apresentamos a fórmula certa: que chegamos ao conhecimento de Deus mediante Jesus Cristo, o Senhor, graças à cruz e a sua mediação, confiados nas promessas de sua palavra, pelo poder do Espírito Santo, por meio do exercício pessoal da fé.

Entretanto, a alegria, a bondade, a liberdade de espírito, que constituem as marcas de quem conhece a Deus, são raras em nosso meio — mais raras talvez do que em outros círculos cristãos, onde, se fizermos uma comparação, a verdade do evangelho não é conhecida com tanta clareza e tão completamente. Aqui também pareceria que os últimos poderiam ser os primeiros e os primeiros, os últimos. Um pequeno conhecimento de Deus vale bem mais que um grande conhecimento a respeito dele. Para salientar melhor este ponto, quero dizer duas coisas:

1. Pode-se saber bastante sobre Deus sem conhecê-lo muito.

Tenho a certeza de que muitos de nós nunca pensamos realmente nisto. Descobrimos em nós um profundo interesse pela teologia. Lemos livros de exposição teológica e apologética; aprofundamo-nos na história cristã e estudamos o credo cristão; aprendemos a descobrir nosso caminho nas Escrituras.

Outros apreciam nosso interesse por essas coisas e somos convidados a dar nossa opinião em público a respeito de diversas questões cristãs, a dirigir grupos de estudo, escrever artigos, fazer conferências e geralmente aceitar responsabilidade, formal ou informal, de agir como mestres e árbitros da ortodoxia em nosso círculo cristão. Nossos amigos nos dizem como apreciam essa contribuição e isso nos leva a explorar mais ainda as verdades de Deus, de modo a podermos atender às exigências que nos fazem.

Tudo isso é muito bom. Entretanto, o interesse em teologia — conhecimento sobre Deus — e a capacidade de pensar com clareza e falar bem sobre temas cristãos não são o mesmo que conhecer a Deus. Podemos saber tanto quanto Calvino a respeito de Deus — na verdade, se estudarmos suas obras com diligência, cedo ou tarde isso vai acontecer —, contudo durante todo o tempo (ao contrário de Calvino) saberemos bem pouco a respeito de Deus.

2. Pode-se saber bastante sobre piedade sem ter muito conhecimento de Deus.

Isso depende dos sermões ouvidos, dos livros lidos e do círculo de amigos. Nesta era analítica e tecnológica não faltam livros nas bibliotecas das igrejas, nem sermões nos púlpitos sobre como orar, testemunhar, ler a Bíblia, dar ó dízimo, ser um jovem cristão, ser um velho cristão, ser um cristão feliz, tornar-se consagrado, levar pessoas a Cristo, e geralmente como cumprir todo o programa que os professores em questão associam com a vida do crente. Tampouco faltam biografias narrando as experiências dos cristãos do passado para nosso exame atento e interessado.

Independentemente do que se diga sobre a questão, é certamente possível aprender muito, de segunda mão, sobre a prática cristã. Além disso, se alguém tiver uma boa dose de senso comum pode fazer uso do que aprendeu para ajudar cristãos vacilantes, de temperamento menos estável, a readquirir firmeza e desenvolver o senso analítico quanto a suas dificuldades, ganhando deste modo para si mesmo a reputação de bom pastor. Entretanto, alguém pode ter tudo isso e não conhecer realmente a Deus.

Voltamos, então, ao ponto em que começamos. Não está em jogo a questão de sermos bons em teologia, ou "equilibrados" (palavra horrível e pretensiosa), em nossa abordagem dos problemas da vida cristã.

O caso é este: podemos dizer, com simplicidade e franqueza, não porque sentimos ser nosso dever como evangélicos, mas por tratar-se de um fato real, que conhecemos a Deus, e que por esse conhecimento os desprazeres que tivemos ou os prazeres que não tivemos, pelo fato de sermos cristãos, não nos afetam? Se conhecêssemos realmente a Deus, seria isto o que estaríamos dizendo, e se não o fazemos, significa que precisamos encarar com mais precisão a diferença entre conhecer a Deus e o mero conhecimento sobre ele.

Evidência do conhecimento de Deus

Dissemos que quando um homem conhece a Deus as perdas e as "cruzes" deixam de ter importância; o que ele ganhou simplesmente afasta-lhe da mente essas coisas. Que outros efeitos o conhecimento de Deus produz nos homens? Várias partes das Escrituras respondem a esta pergunta apresentando diferentes pontos de vista, mas talvez a resposta mais clara e direta seja aquela encontrada no livro de Daniel. Podemos resumir esse testemunho em quatro proposições:

1. Os que conhecem a Deus têm grande força por meio dele.

Em um dos capítulos proféticos de Daniel lemos: "o povo que conhece ao seu Deus se esforçará e fará proezas" (11:32; arc). A versão revista e atualizada diz: "o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo". No contexto esta definição inicia com "mas" e faz o contraste entre a atividade do "ser desprezível" (v. 21) que estabelecerá o "sacrilégio terrível" e corromperá com palavras suaves e lisonjas aqueles cuja lealdade ao Deus da aliança tenha falhado (v. 31,32). Isto nos mostra que aquele que conhece a Deus toma a atitude de reagir à tendência antideus que vê operando a seu redor. Não consegue descansar enquanto seu Deus é desafiado ou desprezado, sente que precisa fazer alguma coisa. A desonra imposta ao nome de Deus o impele à ação.

É exatamente isso que vemos acontecer nos capítulos de Daniel, onde são narradas as "proezas" do profeta e de seus três amigos. Eram homens que conheciam a Deus e, em conseqüência, sentiam-se compelidos, de tempos em tempos, a posicionar-se ativamente contra as convenções e os preceitos da irreligião e da falsa religião.

Daniel, em particular, mostra-se incapaz de relevar esse tipo de situação; sente-se obrigado a desafiá-la abertamente. Em lugar de correr o risco de tornar-se ritualmente impuro ao consumir as iguarias do palácio, ele insiste em uma dieta vegetariana, para grande consternação do chefe dos oficiais da corte (1:8-16).

Quando Dario proibiu, sob pena de morte, que fossem feitas orações durante um mês, Daniel não só continuou orando três vezes ao dia, voltado para Jerusalém, como também o fazia diante de uma janela aberta, de modo que qualquer pessoa pudesse ver o que estava fazendo (6:10). Tal gesto não deve ser mal interpretado. Não é que Daniel, fosse uma pessoa desagradável ou intratável que tivesse prazer na rebelião e só se sentisse feliz se provocasse acintosamente o governo. Significa apenas que quem conhece seu Deus é sensível às situações em que a verdade e a honra de Deus são direta ou tacitamente prejudicadas. Assim, em vez de, por negligência, deixar que tudo continue como está, força a atenção dos homens para o assunto e procura levá-los a mudar de atitude — mesmo que possa sofrer algum risco pessoal.

Essa força por Deus não se resume em atitudes públicas, na realidade também não começa aí. Os homens que conhecem seu Deus são, antes de tudo, homens de oração, e o primeiro ponto em que seu zelo e sua força para a glória de Deus são expressos é nas orações. Em Daniel 9, lemos como o profeta, ao entender "pelas Escrituras" que o tempo do cativeiro de Israel estava chegando ao fim e compreendendo igualmente que o pecado da nação ainda era tal que poderia levar Deus a condená-la em vez de ter misericórdia, decidiu-se a buscar a Deus "com orações e súplicas, em jejum, em pano de saco e coberto de cinza" (v. 3). Daniel orou pela restauração de Jerusalém com veemência, paixão e agonia de espírito às quais muitos de nós somos completamente estranhos.

Ainda mais, o fruto invariável do verdadeiro conhecimento de Deus é a força para orar pela causa divina — força, na verdade, que só poderá encontrar saída e alívio da tensão interna quando canalizada em tal tipo de oração. Quanto maior o conhecimento, maior a energia! Este pode ser um teste para nós. Talvez não estejamos em posição de realizar atos públicos contra a incredulidade e a apostasia; talvez sejamos velhos ou doentes, ou de algum modo limitados por nossa condição física.

Todos, porém, podemos orar a respeito da incredulidade e apostasia que nos rodeia diariamente. Se, entretanto, houver pouca energia nessa oração e, conseqüentemente, pouca prática, é com certeza o sinal de que ainda conhecemos bem pouco nosso Deus.

2. Os que conhecem a Deus pensam grandes coisas sobre ele.

Não há espaço suficiente aqui para reunir tudo o que o livro de Daniel nos diz sobre a sabedoria, o poder e a verdade do grande Deus que comanda a história e mostra sua soberania em atos de condenação e misericórdia para com indivíduos e nações, de acordo com sua vontade. É suficiente dizer que não há talvez em toda a Bíblia outra apresentação mais vivida ou firmada dos muitos aspectos da realidade da soberania de Deus.

Em face do poder e do esplendor do Império Babilônico, que engolfou a Palestina, e da perspectiva de outros grandes impérios mundiais que se seguiriam, minimizando Israel segundo qualquer padrão humano de cálculo, o livro todo relembra de forma dramática que o Deus de Israel é Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Lembra também que "os Céus dominam" (4:26); que a mão de Deus está na história em todos os momentos; que a história, na verdade, não é nada mais que "sua história", o desdobramento de seu plano eterno, e que o reino triunfante, no final, será o reino de Deus.

A verdade central — que "o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens" (4:25; cf. 5:21) — foi ensinada por Daniel a Nabucodonosor nos capítulos 2 e 4, e também a Belsazar no capítulo 5 (v. 18-23), verdade essa que Nabucodonosor reconheceu no capítulo 4 (v. 34-37) e que Dario confessou no capítulo 6 (v. 25-27). Ela também foi a base para as orações de Daniel nos capítulos 2 e 9 e de sua confiança ao desafiar a autoridade nos capítulos 1 e 6, e de seus amigos, que agiram do mesmo modo no capítulo 3. Essa verdade se constituiu na matéria-prima de toda a revelação que Deus fez a Daniel nos capítulos 2,4,7,8,10,11 e 12.

Deus sabe e prevê todas as coisas, e sua presciência é predestinação. Ele, portanto, terá a última palavra, tanto na história como no destino de cada homem; seu reino e sua justiça finalmente triunfarão, pois nem os homens, nem os anjos poderão opor-se a ele.

Eram esses os pensamentos sobre Deus que tomavam a mente de Daniel, como testemunham suas orações (sempre a melhor evidência da idéia que o homem tem de Deus):

Louvado seja o nome de Deus para todo o sempre; a sabedoria e o poder a ele pertencem. Ele muda as épocas e as estações; destrona reis e os estabelece. Dá sabedoria aos sábios [...] conhece o que jaz nas trevas, e a luz habita com ele" (2:20,21,22). Ó Senhor, Deus grande e temível, que manténs a tua aliança de amor com todos aqueles que te amam e obedecem aos teus mandamentos [...] Senhor, tu és justo [...] O Senhor nosso Deus é misericordioso e perdoador [...] O Senhor, o nosso Deus, é justo em tudo o que faz [...] (9:4,7,9,14).

É assim que pensamos sobre Deus? É essa a idéia de Deus que nossas orações expressam? Será que essa tremenda consciência de siia santa majestade, perfeição moral e graciosa fidelidade nos mantém humildes e dependentes, respeitosos e obedientes, como acontecia com Daniel? Por este teste podemos também medir quanto ou quão pouco conhecemos a Deus.

3. Os que conhecem a Deus são ousados por causa dele.

Daniel e seus amigos eram homens que aceitavam riscos. Isso não era temeridade. Eles sabiam o que estavam fazendo, tinham calculado o preço e considerado o perigo. Sabiam qual seria o resultado de suas ações, a menos que Deus misericordiosamente interferisse — o que, por sinal, ele fez. Mas isto não os perturbava. Uma vez convencidos de que sua atitude estava certa e que a lealdade a Deus assim exigia, como disse Oswald Chambers, eles "sorridentes lavavam as mãos quanto às conseqüências".

"É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens!", disseram os apóstolos (At 5:29). "Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida", disse Paulo (At 20:24). Era esse precisamente o espírito de Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, e é também o espírito de todos os que conhecem a Deus.

Ainda que possam achar terrivelmente difícil essa determinação de seguir o caminho certo, uma vez decididos, aceitam-na ousadamente e sem hesitação. Não lhes importa se outros que pertencem ao povo de Deus vejam o assunto de modo diferente e não tomem posição com eles (Sadraque, Mesaque e Abede-Nego foram os únicos judeus que se negaram a adorar a imagem de Nabucodonosor? Nenhuma das palavras ditas por eles e que foram registradas sugerem que soubessem do fato ou que ao menos se importassem com isso. Seu curso de ação estava claro para eles, e isso lhes bastava). Com este teste podemos também medir nosso conhecimento de Deus.

4. Os que conhecem a Deus têm grande alegria nele.

Não existe paz comparável à da pessoa que tem a mente imbuída da plena certeza de conhecer a Deus, e de que Deus o conhece. Este relacionamento garante o favor de Deus na vida, na morte e para sempre. Esta é a paz da qual Paulo fala em Romanos 5:1: "Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo", e cuja substância ele analisa completamente em Romanos 8:

Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus [...] O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus. Se somos filhos, então somos herdeiros [...] Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam [...] aos que justificou, também glorificou [...] Se Deus é por nós, quem será contra nós? [...] Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? [...] Quem nos separará do amor de Cristo? [...] Pois estou convencido de que nem a morte nem vida [...] nem o presente nem o futuro [...] será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor (v. 1,16, 17,28,30,31,33,35,38,39). Esta é a paz que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego conheciam; Essa era a razão do contentamento e da calma com que firmaram sua posição diante do ultimato de Nabucodonosor (Dn 3:15): "[...] Mas, se não a adorarem, serão imediatamente atirados numa fornalha em chamas. E que deus pode livrá-los das minhas mãos?". A resposta deles (3:16-18) é clássica: "Não precisamos defender-nos diante de ti" (Sem medo!). "... o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das tuas mãos, ó rei" (cortês, mas indiscutível — eles conheciam seu Deus!). "Mas se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos teus deuses"

As tuas mãos dirigem meu destino,

Ó Deus de amor, bom é que seja assim!

Teus são os meus poderes,

Minha vida, em tudo, eterno Pai, dispõe de mim!

Meus dias sejam curtos ou compridos,

Passados em tristeza ou prazer,

Em sombra ou luz é tudo como queres,

E é tudo bom, se vem do teu querer.

A extensão de nosso contentamento é outro critério pelo qual podemos julgar se conhecemos a Deus de verdade.

Primeiros passos

Desejamos tal conhecimento de Deus? Então, vejamos duas condições:

Primeiramente, precisamos reconhecer como é pequeno nosso conhecimento sobre Deus. Precisamos aprender a nos medir, não pelo nosso conhecimento de Deus, nem pelos dons e pelas responsabilidades que tenhamos na igreja, mas pelo modo como oramos e por aquilo que vai em nosso coração. Muitos de nós, creio, não têm idéia de quão pobres somos neste sentido. Peçamos que Deus nos mostre isso.

Em segundo lugar, precisamos buscar o Salvador. Quando ele estava na terra convidava os homens a acompanhá-lo; desse modo vinham a conhecê-lo e, conhecendo-o, conheciam o Pai. O Antigo Testamento registra manifestações do Senhor Jesus Cristo antes da encarnação, fazendo o mesmo — acompanhando os homens, como o anjo do Senhor, a fim de que pudessem conhecê-lo. O livro de Daniel conta dois fatos que parecem ser dois desses exemplos — pois quem era o quarto homem que "se parece com um filho dos deuses" (3:25), e passeava com os três amigos de Daniel na fornalha? E quem era o anjo que Deus mandou para fechar a boca dos leões quando Daniel estava na cova dos leões (6:22)? Embora o Senhor Jesus Cristo agora não esteja presente em corpo, espiritualmente isso não faz diferença; ainda podemos encontrar e conhecer a Deus buscando e achando sua companhia. Os que buscarem o Senhor Jesus até encontrá-lo — pois a promessa é que se o buscarmos de todo o coração com certeza o encontraremos — poderão levantar-se diante do mundo para testificar que conhecem a Deus.


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Jesus deve ser Amigo, Mestre e Senhor


Por: Secretaria de Comunicação

No último sábado, (14/01), a Unijovem PIBPP realizou seu primeiro culto de louvor do ano de 2012.
A direção do culto foi feita pelo irmão Matheus Martins, os louvores foram entoados pelo grupo Haggios junto com a igreja e o pregador foi o irmão Alceu Cruz.

Na oportunidade o pregador tratou sobre três pontos: Jesus é o melhor amigo que uma pessoa pode ter, Jesus precisa ser o seu Mestre e Jesus também é Senhor. entoados junto a igreja foram proferidas pelo Grupo Haggios e a pregação foi realizada pelo irmão Alceu Cruz.

Cruz afirmou que quem tem Jesus como amigo tem tudo e que Jesus é um amigo que jamais abandona um filho Dele e que a característica de um amigo de Jesus é a obediência a Ele.
O segundo ponto abordado foi que Jesus se preocupa com o aprendizado de Seus filhos e que passar por dificuldades servem para que a fé em Deus seja contemplada.
O terceiro ponto trata sobre o fato de Jesus ser o Senhor e que mesmo ao dar o livre-arbítrio aos Seus filhos Ele espera que sejam obedientes.
O culto contou com a presença de cerca de 40 pessoas.

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Aprendendo a viver na presença de Deus

Por: Erickson Bermudes

Salmo 90.12

Introdução

O salmo 90, único salmo de autoria de Moisés, é uma oração.

E nesta oração, dentre várias declarações de Moisés, ele destaca nos versículos 1 a 6, 9 e 10 a brevidade do homem frente à eternidade de Deus.E de fato, quando pensamos que Deus não tem princípio nem fim de dias, ou seja, Ele existe de eternidade a eternidade, o que são 70 ou 80 anos? Não são nada. Tiago declara em sua epístola (4.14) que a nossa vida é como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa.

Um parêntese: Nós também sabemos disso. Basta olharmos o noticiário e vermos as centenas e milhares de vidas que se perderam com as chuvas que tem atingido o nosso país, aqui em São Paulo, Minas e sobretudo na região serrana do RJ, tanto em 2011 como neste novo ano. São centenas de vidas cujas histórias e cujos sonhos e planos acabaram-se em segundos ou minutos apenas.Diante desta constatação que os dias do homem na terra são extremamente curtos, Moisés clama ao Senhor para que durante sua curta peregrinação neste mundo, o Senhor o ensine a contar os seus dias de tal forma que ele alcance a sabedoria. “Senhor, já que os dias são pouquíssimos, o desejo do meu coração é viver cada um deles na tua presença”.

Viver intensamente cada instante na presença de Deus, sob o temor de Deus, deve ser o desejo do coração de todo o homem. (O temor do Senhor é o princípio da Sabedoria – Provérbios 1.7a). Estas declarações de Moisés no salmo 90 são constatações da sua jornada com Deus ao longo de sua vida. Provavelmente por isso ele deve ter escrito este salmo durante os 40 anos de peregrinação pelo deserto com o povo de Israel, ou seja, já no último terço da sua vida.

É por este motivo, para que possamos entender de maneira mais profunda as palavras de Moisés neste verso 12 é que vamos nos remeter ao livro do Êxodo e meditarmos em algumas experiências com Deus vivenciadas por Moisés que servem de aprendizado/lições para nossas vidas.

A vida de Moisés, desde o seu nascimento até a sua morte, com 120 anos, foi marcada pela presença e pela manifestação do poder de Deus. Quando Moisés tinha apenas 3 meses, para livrá-lo de ser morto devido a ordem de faraó, seus pais o lançaram às margens do rio Nilo onde ele foi encontrado pela filha de faraó e suas servas.Moisés passou parte de sua infância sendo educado pela sua própria mãe, que foi contratada pela filha de faraó, e de lá até os seus 40 anos viveu no palácio real.

Aos 40 anos Moisés matou um egípcio que brigava com um judeu e teve que fugir para a terra de Mídia porque a notícia havia se espalhado e faraó queria matá-lo. Em Mídia casou-se com Zípora e teve um filho chamado Gerson. Moisés pastoreava os rebanhos de seu sogro até por volta de seus 80 anos.

Embora já tivesse se passado cerca de 2/3 de sua vida, é neste momento que a história de Moisés começa a tomar um rumo diferente. No capítulo 3 de Êxodo Moisés começa a vivenciar suas experiências com Deus.

Vamos meditar em algumas destas experiências com Deus vivenciadas por Moisés para que sirvam de aprendizado/lições para nossas vidas:

1º aprendizado: O encontro com Deus – o homem pecador diante do Deus Santo (Ex 3. 1 a 6)

A maior necessidade do ser humano é Deus. Todo homem deve ter um encontro com Deus por meio de Jesus, o único mediador entre Deus e os homens, para que assim possa herdar a vida eterna e viver seus curtos dias aqui na terra para honra e glória de Deus.

Moisés se aproximou da sarça por curiosidade: “Vou ver isso de perto” 3.3

As primeiras palavras de Deus para Moisés são: “Moisés, Moisés”, “Não se aproxime”, e “Tire as sandálias dos seus pés, pois o lugar que você está é terra santa”

Moisés não conhecia o Senhor. Moisés não tinha vivido nenhuma experiência com Deus. Deus se apresentou a ele como o Deus de seu pai, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, mas Deus não lhe disse “Eu sou seu Deus”.

Aplicação

Deus nos conhece antes mesmo que nós o conhecêssemos.Ele sabe não somente o nosso nome, mas ele nos conhece antes mesmo de nascermos, enquanto ainda éramos substancia informe no ventre de nossas mães. Mas o fato de Deus nos conhecer, não nos possibilita aproximarmos de Deus para termos um relacionamento com Ele sem que antes sejamos purificados dos nossos pecados e da nossa iniquidade. (Ex: Isaias 6). Hoje, essa purificação é possível única e somente através do sangue de Jesus Cristo, o filho de Deus enviado ao mundo para salvar a humanidade e reconciliar o homem com Deus. Você já teve um encontro com Deus? Já entregou sua vida a Jesus como seu Salvador? Você tem certeza da sua salvação? Se você morrer hoje, sabe dizer pra onde você vai? A Bíblia declara que só há duas possibilidades: céu, para os que estão em Cristo, e inferno, para os que não estão em Cristo. Se não, hoje é o dia oportuno, é dia de salvação.

Moisés ficou fascinado por tudo aquilo que estava acontecendo, primeiramente aquela sarça que ardia em fogo mas não se consumia, depois alguém o chama pelo seu nome, diz a ele que ele deveria se purificar porque aquele lugar era santo e esse alguém se revela como sendo o próprio Deus.

Irmãos, se a exemplo da oração de Moisés no Salmo 90.12 quisermos contar os nossos dias para alcançar um coração sábio, ou seja, se quisermos viver intensamente cada instante da nossa vida na presença de Deus, sob o temor do Senhor, não basta ficarmos fascinados com a ação de Deus diante dos nossos olhos ou nas vidas das outras pessoas, é preciso que cada um de nós viva as nossas próprias experiências com Deus e nos aproximemos dele para entender o que Ele tem preparado para nós.

Se você já teve este encontro com Deus, se você já tem Jesus como seu Salvador de sua vida, então como servo de Deus você deve buscar a cada dia a santificação, ou seja, tornar-se santo, separado do pecado através de uma vida consagrada a Deus.

Deus disse a Moisés que tirasse a sandália dos seus pés porque aquela terra era santa. Tirar as sandálias dos pés é sinal de respeito na cultura oriental. Mas aqui, este ato simboliza também a purificação do homem que anda em pecado diante do Deus que é Santo. A terra era santa não por sua natureza, mas porque a presença de Deus naquele lugar a tornava santa. Tanto que quando Deus falou com Moisés, ele temeu olhar para Deus, pois diante da santidade de Deus não há lugar para o pecado do homem.Hoje nós estamos diante da presença de Deus. Deus está entre nós. Este templo não é santo por si só, mas a presença de Deus neste lugar o torna Santo.

Então podemos meditar da seguinte forma: Como temos nos comportado na presença de Deus? Qual tem sido a minha postura ao adentrar as portas deste templo para prestar culto a Deus? O Deus de Moisés é o mesmo hoje, Ele não mudou. Tenho confessado a Deus os meus pecados e pedido pra que Ele me purifique da minha impureza?

O culto a Deus deve ser feito com reverência, não apenas pela sua liturgia (formato do culto), mas principalmente pela nossa postura e reverência diante do Deus que é Santo. Quando estamos prestando um culto a Deus, nosso corpo e mente devem estar voltados para Deus. Não é momento de fazer ou falar, nem de pensar em nada que não seja Deus. É tempo de ouvir, meditar, orar, louvar a Deus com nossos lábios e coração.

Onde nossa mente está neste exato momento? Será o que o meu celular é mais importante do que Deus, o meu almoço é mais importante do que Deus tem a me dizer, o comentário que eu faço com o irmão ao lado é mais importante do que Deus tem pra dizer a ele? Estamos atentos ao que ele tem nos falado?

Estar na presença de Deus também envolve uma vida de santificação lá fora. Eu não posso viver deliberadamente, alheio aos princípios da Palavra de Deus e chegar aqui na igreja para prestar culto ou até participar da ministração (seja qual for o serviço) como se nada tivesse acontecido. Infelizmente existem muitas pessoas que não tem levado Deus a sério. Tem tido uma vida dupla, de hipocrisia e falsidade. Na igreja é uma coisa, fora dela é outra.

Ex: Futebol – sou crente, mas se encostar em mim eu chuto sua canela; TV – BBB.

Temos que viver em santidade, dentro e fora do templo. Dentro porque Deus se faz presente entre nós, e fora porque o nosso corpo é o templo do Espírito Santo de Deus.

Irmãos, se a exemplo da oração de Moisés no Salmo 90.12 quisermos contar os nossos dias para alcançar um coração sábio, ou seja, se quisermos viver intensamente cada instante da nossa vida na presença de Deus, sob o temor do Senhor, temos que buscar a santificação. O encontro com Deus exige de nós a purificação dos nosso pecados.

Na sequência do texto de Êxodo 3, do versículo 10 ao 15, vamos aplicar para nossas vidas a 2ª lição deste estudo.

2º aprendizado: O chamado de Deus - o Deus Todo Poderoso x As desculpas do homem (Ex 3.10 a 15)

Verso 10

O projeto de Deus: Tirar o povo de Israel do cativeiro egípcio

O instrumento escolhido e preparado por Deus: Moisés. Escolhido e preparado, mas não capacitado.

Escolhido à Deus o separou para uma missão, isto está claro no texto

Preparado (técnicamente, conhecimento, vivência) à As experiências vividas por Moisés, desde seu nascimento, infância com sua mãe, os 30 e poucos anos vividos no palácio de Faraó e os demais anos que trabalhou como pastor de ovelhas com seu sogro

Capacitação (dom de Deus) à Esta aconteceria apenas durante a execução da obra que Deus tinha preparada para ele

Deus então convoca Moisés para libertar o povo de Israel do Egito. Ao longo do relacionamento de Moisés com Deus, por várias vezes nós veremos que Moisés apresentará desculpas e empecilhos para não participar do projeto de Deus.

Verso 11

1ª desculpa: “Quem sou eu para apresentar-me ao faraó e tirar os israelitas do Egito?

Moisés tinha razão, ele sabia quem ele era, e realmente ele não era nada e ninguém para executar o projeto de Deus, e tampouco tinha capacidade para isso.

Mas o que Moisés não entendeu e o que ele não sabia, era que quem iria tirar o povo de Israel do Egito não era ele, mas era o próprio Deus.

Humanamente falando, Moisés tinha consciência do tamanho do desafio, da dificuldade, das circunstâncias que envolviam este projeto, ele foi humilde, mas ele não tinha conhecimento do tamanho do poder de Deus

A resposta de Deus para conforto de Moisés: “Eu estarei com você” (verso 12)

Um parêntese: Ao servo de Deus convém sempre uma postura de humildade. Embora o maior motivo de Moisés fosse fugir de Deus, sua atitude não deixou de ser humilde. Infelizmente a humildade tem sido uma qualidade em falta em muitos dos servos de Deus. O orgulho de muitos crentes tem causado tropeços e atrapalhado o desenvolvimento da obra do Senhor em muitas igrejas.

Verso 13

2ª desculpa: “Quando eu chegar diante dos israelitas e lhes disser: O Deus dos seus antepassados me enviou a vocês, e eles me perguntarem: ‘Qual é o nome dele? Que lhes direi?

Versos 14 e 15

A resposta de Deus: “Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou a vocês

Disse também Deus a Moisés: "Diga aos israelitas: O Senhor, o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó, enviou-me a vocês. Esse é o meu nome para sempre, nome pelo qual serei lembrado de geração em geração

4.1

3ª desculpa: "E se eles não acreditarem em mim nem quiserem me ouvir e disserem: ‘O Senhor não lhe apareceu? "

Moisés transfere a sua incredulidade para o povo.

Deus então demonstra a sua longanimidade e a sua misericórdia e manifesta mais uma vez o seu poder para Moisés de maneira sobrenatural. Ele transforma a vara em uma serpente e a mão saudável de Moisés fica leprosa, e em seguida desfaz as duas situações.

Deus ainda prossegue nos versos 8 e 9: “Se eles não acreditarem em você nem derem atenção ao primeiro sinal miraculoso, acreditarão no segundo. E se ainda assim não acreditarem nestes dois sinais nem lhe derem ouvidos, tire um pouco de água do Nilo e derrame-a em terra seca. Quando você derramar essa água em terra seca ela se transformará em sangue.”

4.10

4ª desculpa: “Ó Senhor! Nunca tive facilidade para falar, nem no passado nem agora que falaste a teu servo. Não consigo falar bem!”

A resposta de Deus: ‘Disse-lhe o Senhor: "Quem deu boca ao homem? Quem fez o surdo ou o mudo? Quem lhe concede vista ou o torna cego? Não sou eu, o Senhor? Agora, pois, vá; eu estarei com você, ensinando-lhe o que dizer".

4.13

Moisés se cansa de argumentar com Deus, e Deus por sua vez se ira com Moisés

4. 13 a 15 “Respondeu-lhe, porém, Moisés: "Ah Senhor! Peço-te que envies outra pessoa".

Então o Senhor se irou com Moisés e lhe disse: "Você não tem o seu irmão Arão, o levita? Eu sei que ele fala bem. Ele já está vindo ao seu encontro e se alegrará ao vê-lo.

Você falará com ele e lhe dirá o que ele deve dizer; eu estarei com vocês quando falarem, e lhes direi o que fazer.”

Aplicação

Se você é um crente em Cristo Jesus, você tem um chamado. Sim, um chamado a ganhar almas, a trabalhar na obra do Senhor e a frutificar.

A questão é: Até que ponto nós estamos dispostos a abrir mão das nossas vaidades para atender ao chamado do Senhor e atuar na Sua obra?

Quais são as desculpas que temos apresentado ao Senhor?

  • Quem sou eu Senhor para realizar a Sua grandiosa obra?
  • E se as pessoas não acreditarem em mim quando eu falar do Senhor pra elas? E se o pessoal da igreja me criticar? E se eu não tiver apoio? O que vão pensar de mim?
  • Eu nunca tive talento pra isso! O Senhor sabe que eu não levo jeito pra coisa!
  • Senhor, por que eu? Mande outro, mas não a mim!

As nossas desculpas são sempre as mesmas. Fazemos igual ou pior que Moisés.

Qual é o projeto de Deus para sua vida meu irmão? Há quanto tempo Deus tem te chamado e você tem dado desculpas?

Deus não tem projeto pequeno, nem tampouco projeto fácil. Deus quer libertar vidas da escravidão do pecado, das garras de Satanás, vidas que tem clamado e sofrido debaixo de um jugo que não podem carregar.

Deus quer edificar a Sua igreja através das nossas vidas. Deus nos quer ver gerando frutos para Sua honra e glória. Deus quer ver seu povo trabalhando de forma dedicada, cumprindo suas escalas com alegria na igreja, não por peso ou por obrigação, com compromisso e não com descaso. Deus nos quer dando bom testemunho pra aqueles que não o conhecem.

Para Moisés seria mais cômodo continuar a viver debaixo da sombra de seu sogro e a pastorear seu rebanho sem comprometimento nenhum com Deus e com sua obra, e continuar sua vidinha numa boa.

Talvez pra nós também seja mais cômodo, continuarmos com a nossa rotina, cuidando da nossa vida, das nossas casas (como disse o profeta Ageu), do nosso trabalho e estudos, do nosso lazer e descanso, sentados em nossas confortáveis cadeiras aos domingos do que arregaçar as mangas e sair a executar o projeto de Deus, seja este projeto dentro ou fora das 4 paredes do templo.

Moisés não ficou somente nas desculpas, ele se rendeu a Deus e à Sua obra e foi em frente, e viveu experiências maravilhosas na presença do grande EU SOU.

Se temos dúvidas ou incertezas, devemos meditar nas palavras que o Senhor dirigiu a Moisés: “Eu estarei com você” 3.12 e “EU SOU me enviou a vocês” 3.14, e 4.10 “Agora, pois, vá; eu estarei com você, ensinando-lhe o que dizer". Deus nos capacita para a SUA obra.

Alguém já disse: “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos”.

Na medida em que deixamos de dar desculpas e passamos a nos dispor para a obra do Senhor de forma comprometida, a manifestação do poder de Deus nas nossas vidas, e conseqüentemente a nossa fé aumentarão.

E esta é exatamente a 3ª lição que eu gostaria de compartilhar com os irmãos.

Relembrando:

1) O encontro com Deus – o homem pecador diante do Deus Santo

2) O chamado de Deus - o Deus Todo Poderoso x As desculpas do homem

E a terceira e última lição ou aprendizado que aplicaremos para nós neste estudo é:

3º aprendizado: A obediência e a fé do homem diante de Deus

Nesta 3ª lição traçaremos um paralelo da seguinte forma:

  • A prática da obediência a Deus aproxima o homem de Deus e aumenta a sua fé; e
  • A desobediência afasta o homem de Deus e aumenta a sua incredulidade

Voltando então às paginas desta história, vemos que Moisés atende ao chamado de Deus e vai até o Faraó. Do capítulo 5 ao 12 de Êxodo podemos observar que na proporção que o coração de faraó se endurecia diante da manifestação do poder de Deus, a fé de Moisés aumentava a cada dia.

Analisaremos alguns diálogos de Moisés (com Deus e com Faraó) e também as falas do próprio Faraó em circunstâncias diferentes para constatarmos este paralelo.

Moisés – duas fases da sua fé:

Incerteza

No capitulo 5, além de não deixar o povo sair, Faraó suspende o fornecimento da palha, aumentando o trabalho e o sofrimento do povo de Israel

A incerteza frente ao primeiro obstáculo:

Êxodo 5.22 “Moisés voltou-se para o Senhor e perguntou: "Senhor, por que maltrataste a este povo? Afinal, por que me enviaste? Desde que me dirigi ao faraó para falar em te nome, ele tem maltratado este povo, e tu de modo algum libertaste o teu povo!”

Aplicação

A obra de Deus sempre terá obstáculos – Quando você se propor a fazer a obra de Deus, nunca desista nos primeiros obstáculos, pois eles fazem parte da consolidação da nossa fé e da própria obra do Senhor. A incerteza que Moisés viveu também pode ocorrer nas nossas vidas.

Na medida em que Moisés se queixava pra Deus, Deus tratava o coração de Moisés e o encorajava a permanecer firme no propósito de libertar o povo do Egito.

Convicção

Nos capítulos 7 e 8, diante das negativas de Faraó, Deus envia as duas primeiras pragas por meio de Moisés e Arão: As águas do Nilo transformaram-se em sangue, e a praga das rãs.

Em 8.10 Moisés declara para faraó ”...para que saibas que não há ninguém como o Senhor, o nosso Deus...”

A partir da 3ª até a 9ª praga, por várias vezes Faraó propôs um meio termo à ordem que Deus havia dado. Exemplo: (3.18;5.3 e 8.25 a 27), mas em todas elas Moises foi firme e não cedeu à pressão de faraó. Desde a 1ª até a 9ª praga Moisés foi rejeitado por faraó, mas ele permaneceu firme até a saída vitoriosa do povo de Israel do Egito.

Aplicação

Quando temos convicção dos princípios de Deus por meio da fé para aquela determinada situação, não nos deixamos abalar pelas situações negativas e de oposição, e nem nos deixamos levar pelo secularismo, nem pela relatividade, onde o pecado e as heresias são sutilmente embutidas no meio do povo de Deus. A plenitude da nossa fé assegura o avanço da obra de Deus de forma incorruptível.

Olhando para nossas vidas, qual é a fase em que a nossa fé se encontra? Fase da Incerteza, que envolve desculpas e desânimo frente aos obstáculos, ou a fase da convicção, que não se abala com os obstáculos e não se corrompe com as investidas mundanas?

Faraó – o aumento da sua incredulidade

Alguns pronunciamentos de faraó:

5.2 (antes da 1ª praga) – “Quem é o Senhor, para que eu lhe obedeça e deixe Israel sair? Não conheço o Senhor, e não deixarei Israel sair”.

8.8 (2ª praga) – “Orem ao Senhor para que ele tire estas rãs de mim e do meu povo; então deixarei o povo ir e oferecer sacrifícios ao Senhor”

8.28 (4ª praga) - “Eu os deixarei ir e oferecer sacrifícios ao Senhor, o seu Deus, no deserto, mas não se afastem muito e orem também por mim”

9.27 (7ª praga) – “Desta vez eu pequei. O Senhor é justo; eu e o meu povo é que somos culpados. Orem ao Senhor. Os trovões e os granizos já são demais. Eu os deixarei ir; não precisam mais ficar aqui”.

10.16 (8ª praga) – “Pequei contra o Senhor o seu Deus e contra vocês. Agora perdoem ainda esta vez o meu pecado e orem ao Senhor, o seu Deus, para que leve esta praga mortal para longe de mim”

12.32 (10ª praga) – “Saiam imediatamente do meio do meu povo, vocês e os israelitas! Vão prestar culto ao Senhor, como vocês pediram. Levem os seus rebanhos, como tinham dito, e abençoem a mim também”.

Poderíamos deduzir que a incredulidade de Faraó diminuiu a cada situação, uma vez que no início ele declarou que não conhecia o Senhor e no final libertou o povo e ainda pediu que o abençoassem.

Mas na verdade, a condição espiritual daquele que presenciou a manifestação do poder de Deus uma ou mais vezes, pediu orações e a benção de Deus sobre a sua vida, mas não creu em Deus, é pior do que aquele que não conhece a Deus. Portanto, a situação de Faraó antes da 1ª praga era melhor do que sua situação espiritual após a 10ª praga.

Outras pessoas reconheceram o poder de Deus:

Os magos – 8.19

Alguns conselheiros de faraó – 9.20

O povo egípcio – 12.36

Aquele que quer viver na presença de Deus intensamente, deve ser um servo obediente que amadurece a sua fé diariamente através do seu relacionamento com Deus.

Cada dia ou cada instante longe da presença de Deus, é um dia perdido que não volta mais.

Cada vez que desobedecemos a Deus a nossa incredulidade aumenta, mas quando somos obedientes, é a nossa fé que cresce.

Conclusão

Após a saída do Egito, Moisés ainda conduziu o povo por 40 anos no deserto, e viveu momentos difíceis, mas sobretudo experiências maravilhosas na presença de Deus. Não obstante a Palavra de Deus declarar que não havia na face da terra homem manso como Moisés, ele permanecia humilde e não se julgava sábio por isso, mas orava a Deus pedindo que o Senhor o ensinasse a viver e a contar cada dia de maneira que ele alcançasse a sabedoria.

Hebreus 11. 24 a 30 à um dos heróis da fé

Como temos contado os nossos dias? Como temos vivido os nossos dias?

Que estas 3 lições, O encontro de Deus com o homem, o chamado de Deus e a obediência a Deus, fiquem guardadas nos nossos corações para buscarmos viver cada dia na presença de Deus.

Que seja esta a nossa oração diária “Senhor, ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos um coração sábio”, e assim possamos aprender a viver na presença de Deus.

Que Deus nos abençoe!

Amem!

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Três lições com o Salmo 90



Por: Secretaria de Comunicação

Culto no lar do irmão Rafael Cardoso foi a primeira atividade realizada pela Unijovem PIBPP no ano de 2012. O pregador na oportunidade foi o irmão Erickson Bermudes e o dirigente foi o irmão Matheus Martins.
Na ocasião o pregador falou sobre três lições que podem ser aprendidas com o Salmo 90, a primeira foi o encontro com Deus, a segunda é o chamado de Deus e a terceira é a obediência e a fé do homem de Deus.
Ao falar sobre a primeira lição o pregador afirmou que todo homem precisa de um encontro com o Salvador e que mesmo sendo jovens é necessário refletir sobre a morte todos os dias.
A segunda lição Bermudes disse que o homem é chamado por Deus e é Deus quem o capacita para a obra Dele, porque o ser humano é falho e precisa da misericórdia de Deus.
Na terceira lição ele disse que o homem que a pratica da obediência aproxima o homem de Deus.

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Feliz 2012 de muito trabalho

Por: Secretaria de Comunicação

Feliz 2012 de muito trabalho na obra do Senhor! Esse é o desejo da equipe do blog Unijovem PIBPP.
Assim como o ano que passou nós manteremos esse canal de comunicação sempre atualizado para que você possa estar sempre atento as nossas atividades e para aqueles que não podem estar presentes compartilhem através dos textos as maravilhas que Deus tem feio na vida da Unijovem PIBPP.
O nosso pedido é que continuem conosco neste novo ano e estamos a disposição para críticas, sugestões ou para textos que porventura você queria compartilhar com os nossos leitores.
Para entrar em contato conosco nos mande um email para: unijovempibpp@hotmail.com
Ficaremos muito contentes em receber o seu contato.
Deus te abençoe!
Feliz 2012!
Equipe do Blog Unijovem PIBPP
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