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Uma Mulher de Fé

Por: Natacha Dominato

Jesus tinha acabado de discutir com os fariseus sobre a contaminação do homem. Eles alegavam que os discípulos de Jesus estavam impuros por comerem sem se lavarem e o Mestre afirmou aos fariseus que a contaminação do homem ocorre pelo que sai do seu coração e boca e não com quem ou como eles comem.

Após esse incidente o Salvador partiu da Galiléia e foi para a terra de Tiro e Sidom, na Fenícia, chegando lá Jesus foi para uma casa e não queria que ninguém soubesse de sua presença naquela região, porém sua fama já havia se espalhado.

Sabendo da presença de Jesus ali, a mulher siro-fenícia, nós não sabemos o seu nome pois a Bíblia não relata, foi ao encontro do Mestre e implorou para que Ele libertasse sua filha, pois era possessa de espírito imundo.

Jesus, por sua vez, não lhe deu atenção e parece até ser rude para com a mulher.

Os discípulos tentando mostrar autoridade falaram para que Jesus mandasse aquela mulher embora porque ela estava atrapalhando a estadia deles ali.

Porém, Jesus respondeu “não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel”.

Apesar de ter recebido essa resposta de Jesus, o adorou e disse “Senhor, socorre-me”.

Aos nossos olhos humanos dá a impressão de que Jesus foi muito rude com a aquela mulher, entretanto Jesus queria mostrar a todos que ali estavam a fé e o conhecimento de verdade que a mulher possuía e aplicou mais um teste a ela ao afirmar que “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”. Ela não satisfeita com a resposta do Mestre respondeu “Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa de seus donos”.

Não ache estranho você que lê esse texto o fato de Jesus chamar aquela mulher de cachorrinho, porque os moradores da Fenícia eram chamados de cachorros pelos judeus porque eles eram gentios, (não era a raça pura como os judeus julgavam que eles eram).

Essa mulher que não sabemos sequer o nome deu um belo exemplo de reconhecido do Salvador, pois ela reconheceu quem era Jesus e prestou-lhe a devida adoração.

Ela reconhecia que não merecia os privilégios divinos, pois pertencia a uma raça que era desprezada pelo povo de Deus. Tinha conhecimento de que o alimento da mesa do Senhor o pão era dado aos filhos e não aos animais, todavia era dado aqueles que se aproximassem e buscassem esses alimento ainda que em migalhas.

Depois de ver essa demonstração de tamanha fé Jesus exclama “Ó mulher, grande é a tua fé! Por causa desta palavra, podes ir; o demônio já saiu de tua filha”. Ela ao voltar para casa encontrou a filha completamente livre do demônio que a possuía.

O que aprendemos com essa história?

É notório que a mulher siro-fenícia foi buscar a Jesus porque o seu amor de mãe a impulsionou e quantas vezes nós, cristãos ou não, nos achegamos apenas a Jesus quando estamos passando por um grave problema e depois que a situação está completamente resolvida nós o colocamos em segundo plano? É fato que buscamos mais aptos a procurar a Jesus quando estamos em aperto, mas espero que isso não seja uma prática na minha e nem na sua vida.

Após Jesus ter curado a sua filha, certamente aquela mulher louvou ao Senhor por ter libertado a sua filha e mais ainda porque se ela não tivesse por essa dificuldade ela não teria buscado o Mestre e não teria recebido a salvação que encontrou naquele momento de dor, precisamos ter em mente que não há provações maiores do que nós podemos suportar, por isso mesmo em dificuldades por mais difícil que possa ser louve e agradeça ao Senhor, porque “o choro pode durar uma noite mais alegria vem pela manhã”.

Ao realizar aquele milagre Jesus estava mostrando aos discípulos que todos são alvo do amor de Deus, independente de cor, raça, língua ou nação.

Outro ponto importante e que muitas vezes passa despercebido é que muitas vezes queremos tanto algo que apenas pedimos sem perguntar a Deus se esse desejo é da vontade Dele, naquele momento era da vontade de Deus curar a filha daquela mulher mas, no primeiro momento Ele disse não, foi um não para testar a fé dela e muitas vezes Deus age assim conosco testando a nossa fé para vermos se vamos ou não desistir no meio do caminho ou se vamos saber essa que a vontade Dele se cumpra em nossas vidas.

E por fim a mulher siro-fenícia mostrou que a fé verdadeira é persistente diante as dificuldades e provas e que as provas servem para moldar o caráter do cristão e fazer com que ele se aproxime mais do Pai.

Que eu e você sigamos o exemplo da mulher siro-fenicia e mesmo em meio às dificuldades nós possamos persistir e resistir sabendo que o amanhã será bem melhor, pois temos um Pai que nos ama e tem um cuidado especial por cada um de nós.

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